sexta-feira, 4 de outubro de 2013

APATIA EDUCACIONAL: RECONSTRUIR A EDUCAÇÃO É UMA PRIORIDADE!!!

A sistemática educacional atual condiciona padrões e projetos pedagógicos. Concomitantemente, em todos os lugares do planeta, com graus variados e diferentes, a maioria vem sofrendo com os problemas decorrentes do sistema educacional. A apatia está generalizada e em processo de generalização. Faltam líderes, faltam sonhos, faltam ideologias, faltam perspectivas e sobretudo a busca pelos objetivos. Os professores deixaram de ser o foco das atenções à muito tempo, isto é, a busca pelo lucro fácil, a sobrevalorização da economia de mercado e o liberalismo acabaram impondo sua sistemática perversa e egoísta, relegando para segundo plano qualquer perspectiva humanista ou progressista. Aqueles que servem a rede pública ou privada, não importa, estão proibidos de pensar diferente ou propor algo muito inovador. A democracia é uma fachada projetada para justamente manter as coisas como estão, sem solavancos radicais ou realmente transformadores. Logo, nossa educação é afetada diretamente. Mas, os problemas estão somente começando. 
Quando um professor está apático, não pesquisa, não sente mais vontade de ministrar aulas, perdeu a alegria, mudou o foco e se sente infeliz, os problemas serão reais e de inevitável perda para toda comunidade. Esse problema com o professorado, seja no Brasil ou na Índia, decorre de uma apatia educacional que contamina qualquer ambiente educativo. Reconstruir a educação é uma prioridade para todo e qualquer governo decente. No entanto, nos falta governos decentes neste mundo. As reclamações continuarão. Não obstante, sabemos que educar envolve mais do que a figura do professor. Educação começa em casa. A escola é um momento peculiar na vida dos alunos (as), de alfabetização e formação, de educação e aprendizado, de socialização e diversão, de lazer e esporte, de cultura e alegrias, de tristezas e superações, enfim, um momento importante que pode definir profissões, sucessos ou fracassos. O aviso está dado, os problemas não são somente dos professores, diretores ou coordenadores, secretários de educação, pensadores, pedagogos ou filósofos. Todos matutam, pensam, escarafuncham, escrevem e propõe planos para a educação, e os resultados são cada vez mais decepcionantes. Vivemos uma crise de lideranças e essa falta de comando também contamina os ambientes escolares. Veja você leitor deste blog, não existem verdades prontas ou planos que resolvam tudo, mas tenham a certeza, de que a desvalorização dos professores é um processo que destrói e corrói a alma de uma nação.
Quando não estamos fazendo o básico, que é alfabetizar todos, fazer com que os alunos e alunas saibam resolver as quatro operações básicas da matemática ou interpretar um texto corretamente, escrever com clareza e capricho e internalizarem e refletirem sobre os problemas que atingem o mundo, então não estamos oferecendo um futuro digno para todos. Os cidadãos que pagam seus impostos tem esse direito, de uma educação de qualidade e moderna. Entretanto, não podemos nos esquecer, que esses mesmos cidadãos que pagam seus impostos em dia, com seus direitos e deveres, não podem fugir do debate sobre a educação brasileira ou mundial. Copiar planos prontos do exterior e implantá-los em nosso território, desde a LDB até hoje é o que mais fazemos. Desconsideramos a diversidade regional, estadual e municipal das escolas. De cima para baixo decretos e resoluções educacionais são impostas sem consultar os professores e alunos (as). Todos são tratados com desrespeito e sobretudo sem critérios transparentes e verdadeiramente democráticos. A opressão democrática do direito daquele que tem o poder, nos avassala e corrompe. Vereadores ganham salários que muitas vezes equivalem a 5 ou 6 vezes o salário de um professor que trabalha 40 horas por semana. Se fôssemos comparar com um deputado estadual ou federal, a humilhação é maior ainda. Os criadores de leis simplesmente desrespeitam a condição de vida das pessoas e se esquecem de seus eleitores e sobretudo de suas promessas mentirosas e malucas. Enquanto a educação depender desse processo político que temos, nada, simplesmente nada irá mudar. Estamos fadados ao fracasso nessas condições. 
Voltando ao tema da apatia, com base no que foi escrito anteriormente, teremos mais tristezas pela frente. Isto é, enquanto o professor, a base de sustentação de qualquer sistema de educação, não for valorizado realmente e com dignidade, não teremos mudanças realistas na educação brasileira ou mundial. Valorizar um professor hoje em dia virou utopia. Que seja assim então, pelo menos talvez, teríamos uma ideologia para se agarrar, frente a quebra de paradigmas e paradoxos atuais. As regras educacionais que temos hoje não são boas e sobretudo são ruins e de péssima qualidade. Ninguém acredita em mais nada, todos estão cansados e sobrecarregados, porque justamente essa apatia, que é decorrência dos mandos e desmandos na educação, condicionam todos a acreditarem que nada mais irá mudar. Não podemos deixar isso acontecer. Sem existe esperança, pelos menos acredito assim. Do contrário, estaremos fadados mais uma vez a não sermos nada além de mão-de-obra barata e de fácil exploração. Não importa de onde tenhamos que cortar gastos, mas a educação, deve ser tratada como prioridade nacional número um. Temos tempo para fazer isso e devemos começar agora. A globalização e o sistema capitalista exigem isso. Dentro dessa concorrência maldita e desonesta do capitalismo, não temos muito para onde correr. As resistências são desprezadas e não são levadas à sério. Devemos repensar nosso país, tendo a figura do professor como uma das mais importantes nesse processo de mudanças. Ou mudamos ou fracassaremos mais uma vez. Salvem a educação.

ATENCIOSAMENTE
PROFº JOSÉ EDUARDO BRONDI
WWW.PROFESSORBRONDI.BLOGSPOT.COM.BR

                                                                                                                   

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