domingo, 27 de outubro de 2013

O QUE É SER PROFESSOR?


Na realidade a profissão  é mágica, encantadora e desafiadora em todos os sentidos, mas o que impulsiona nosso caminho é a vontade de fazer e é claro que esta vontade de fazer está relacionada principalmente com impulsos que devem vir da sociedade como um todo e da gestão política da educação. Fazer educação com migalhas e com poucos recursos é romântico, no entanto , é incorreto, é desleal e é vergonhoso de todas as maneiras. Mas uma coisa arrepia a gente é que quando desenvolvemos uma atividade, uma novidade , uma aula que foge do trivial vemos o brilho nos olhos dos alunos e é mas gratificante aqueles alunos lhe puxando, gritando seu nome , pois sabem que terão guarida e um simples falar no olho pelo nome obra fantásticas obras. 
A profissão de educador é bela e gratificante quando vemos em vários locais jovens que já foram nossos alunos lembrar-se de nosso jeito e se alegrar com nossa presença. A marca do educador fica para sempre na memória dos alunos e temos que compreender que nossa palavra tem um poder simplesmente forte na vida dos alunos e tem um papel primordial na construção de seus sonhos, expectativas e esperanças. O professor vai além do conteúdo , não é formalidade, é , sobretudo, construção de vida , referencial de pensamento, condição de impulso ao pensar e ao agir. 
Tenho orgulho de ser professor, mas ao mesmo tempo fico triste por nossa sociedade não referendar grande parte do nosso trabalho e pelo fato dos governos procurarem de todas as formas atrapalhar nossa ação com burocracias desnecessárias e limitadoras. Ser professor é ser louco, palhaço, psicólogo, mediador de conflitos, amigo , companheiro, confidente e, marginal numa sociedade em que professores objetos de tortura a mando dos governantes em seu movimento reivindicatório. Mas é bom ser professor, se tivesse de escolher o seria novamente, mas não é romântico, é consciente e por isso nunca deve perder o referencial de luta por direitos coletivos para o bem do mundo.


SER PROFESSOR

domingo, 6 de outubro de 2013

A pedagogia libertadora de Paulo Freire

A pedagogia de Paulo freire faz parte do conjunto de propostas pedagógicas progressistas, que se opõe à pedagogia liberal  (o termo liberal não tem o sentido de "avançado", "democrático", "aberto", como costuma ser usado. É uma forma de organização social baseada na propriedade privada dos meios de produção, também denominada sociedade de classes), tendo como seu principal objetivo os interesses da maioria da população,partindo de uma análise crítica da sociedade capitalista.
Para a pedagogia progressista, a Educação não é neutra e os problemas educacionais são os reflexos do contexto social no qual o indivíduo está inserido. A Educação não está centrada no professor ou no aluno, mas sim na relação entre os indivíduos envolvidos nesse processo de formação do cidadão consciente. As práticas pedagógicas progressistas estão divididas em três grupos: o da pedagogia libertadora, o da pedagogia libertária e o da pedagogia crítico-social dos conteúdos.
O modelo educacional de Paulo Freire está relacionado com a pedagogia libertadora que questiona a realidade das relações do homem com a natureza e com os outros homens com o objetivo de transformá-la. Essa Educação, chamada de crítica, está centrada na realidade social, não valorizando a transmissão dos conteúdos específicos, mas sim dando lugar ao diálogo entre educador e educando, tendo como princípios fundamentais a valorização do cotidiano do aluno e a construção de uma prática educativa que estimule a leitura crítica do mundo.
Na concepção de Freire, a sociedade é direito de todos e todos têm direito de exercer a plena cidadania, entendendo ainda que isso só se dará na medida em que todos os indivíduos sejam alfabetizados dentro do conceito de alfabetização cultural. Trabalhar a cultura do aluno significa valorizá-lo enquanto pessoa e cidadão, diminuindo a ocorrência da censura, da rotulação e da consequente exclusão escolar.
Paulo Freire deu armas ao cidadão excluído pela sociedade que eram o conhecimento e a palavra.
Sua perspectiva educacional baseou-se em três eixos de investigação sobre o universo dos alunos: investigação do universo vocabular, a investigação das temáticas geradoras e a investigação em torno da problematização dos temas propostos.
A investigação do universo vocabular dos alunos consiste na realização de um inventário de palavras representativas do conteúdo cultural no qual os alunos estão inseridos. São palavras geradoras, pois é a partir delas que os educadores iniciarão sua jornada em direção à alfabetização de seus alunos.
A investigação das temáticas geradoras, ou dos temas geradores, ocorre a partir da "eleição" pelo grupo de educandos dos temas que mais os afetam, buscando representar de diversas formas o modo de vida dos educandos. Desse modo, as temáticas geradoras são responsáveis pelo surgimento de um ambiente alfabetizador que se organiza em torno do diálogo, ou melhor, de uma proposta dialógica.
A investigação da problematização dos temas propostos é o ponto central do processo de alfabetização segundo o método Paulo Freire. A problematização traz consigo a ideia de que alfabetizar não é apenas ensinar a ler e a escrever as palavras, mas sim um ato de construção de conhecimentos e entendimentos sobre o mundo que nos cerca.
O "método Paulo Freire" busca valorizar a cultura dos alunos ao inserir no interior do processo educativo as experiências e os conhecimentos que os alunos trazem para a sala de aula.
É com base nesses ensinamentos de Paulo Freire que devemos agir, de forma consciente, ativa, preocupada com a inclusão efetiva de todos no processo educacional. Devemos ainda ter o cuidado de não continuarmos reproduzindo práticas de exclusão que levam ao já conhecido fracasso escolar. Nesse sentido, nosso papel como educadores é o de sempre buscar melhorar nossa atuação na relação direta que estabelecemos com nossos alunos dentro do espaço escolar e fora dele.

Fonte: Wikipédia; Valéria da Hora Bessa 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

APATIA EDUCACIONAL: RECONSTRUIR A EDUCAÇÃO É UMA PRIORIDADE!!!

A sistemática educacional atual condiciona padrões e projetos pedagógicos. Concomitantemente, em todos os lugares do planeta, com graus variados e diferentes, a maioria vem sofrendo com os problemas decorrentes do sistema educacional. A apatia está generalizada e em processo de generalização. Faltam líderes, faltam sonhos, faltam ideologias, faltam perspectivas e sobretudo a busca pelos objetivos. Os professores deixaram de ser o foco das atenções à muito tempo, isto é, a busca pelo lucro fácil, a sobrevalorização da economia de mercado e o liberalismo acabaram impondo sua sistemática perversa e egoísta, relegando para segundo plano qualquer perspectiva humanista ou progressista. Aqueles que servem a rede pública ou privada, não importa, estão proibidos de pensar diferente ou propor algo muito inovador. A democracia é uma fachada projetada para justamente manter as coisas como estão, sem solavancos radicais ou realmente transformadores. Logo, nossa educação é afetada diretamente. Mas, os problemas estão somente começando. 
Quando um professor está apático, não pesquisa, não sente mais vontade de ministrar aulas, perdeu a alegria, mudou o foco e se sente infeliz, os problemas serão reais e de inevitável perda para toda comunidade. Esse problema com o professorado, seja no Brasil ou na Índia, decorre de uma apatia educacional que contamina qualquer ambiente educativo. Reconstruir a educação é uma prioridade para todo e qualquer governo decente. No entanto, nos falta governos decentes neste mundo. As reclamações continuarão. Não obstante, sabemos que educar envolve mais do que a figura do professor. Educação começa em casa. A escola é um momento peculiar na vida dos alunos (as), de alfabetização e formação, de educação e aprendizado, de socialização e diversão, de lazer e esporte, de cultura e alegrias, de tristezas e superações, enfim, um momento importante que pode definir profissões, sucessos ou fracassos. O aviso está dado, os problemas não são somente dos professores, diretores ou coordenadores, secretários de educação, pensadores, pedagogos ou filósofos. Todos matutam, pensam, escarafuncham, escrevem e propõe planos para a educação, e os resultados são cada vez mais decepcionantes. Vivemos uma crise de lideranças e essa falta de comando também contamina os ambientes escolares. Veja você leitor deste blog, não existem verdades prontas ou planos que resolvam tudo, mas tenham a certeza, de que a desvalorização dos professores é um processo que destrói e corrói a alma de uma nação.
Quando não estamos fazendo o básico, que é alfabetizar todos, fazer com que os alunos e alunas saibam resolver as quatro operações básicas da matemática ou interpretar um texto corretamente, escrever com clareza e capricho e internalizarem e refletirem sobre os problemas que atingem o mundo, então não estamos oferecendo um futuro digno para todos. Os cidadãos que pagam seus impostos tem esse direito, de uma educação de qualidade e moderna. Entretanto, não podemos nos esquecer, que esses mesmos cidadãos que pagam seus impostos em dia, com seus direitos e deveres, não podem fugir do debate sobre a educação brasileira ou mundial. Copiar planos prontos do exterior e implantá-los em nosso território, desde a LDB até hoje é o que mais fazemos. Desconsideramos a diversidade regional, estadual e municipal das escolas. De cima para baixo decretos e resoluções educacionais são impostas sem consultar os professores e alunos (as). Todos são tratados com desrespeito e sobretudo sem critérios transparentes e verdadeiramente democráticos. A opressão democrática do direito daquele que tem o poder, nos avassala e corrompe. Vereadores ganham salários que muitas vezes equivalem a 5 ou 6 vezes o salário de um professor que trabalha 40 horas por semana. Se fôssemos comparar com um deputado estadual ou federal, a humilhação é maior ainda. Os criadores de leis simplesmente desrespeitam a condição de vida das pessoas e se esquecem de seus eleitores e sobretudo de suas promessas mentirosas e malucas. Enquanto a educação depender desse processo político que temos, nada, simplesmente nada irá mudar. Estamos fadados ao fracasso nessas condições. 
Voltando ao tema da apatia, com base no que foi escrito anteriormente, teremos mais tristezas pela frente. Isto é, enquanto o professor, a base de sustentação de qualquer sistema de educação, não for valorizado realmente e com dignidade, não teremos mudanças realistas na educação brasileira ou mundial. Valorizar um professor hoje em dia virou utopia. Que seja assim então, pelo menos talvez, teríamos uma ideologia para se agarrar, frente a quebra de paradigmas e paradoxos atuais. As regras educacionais que temos hoje não são boas e sobretudo são ruins e de péssima qualidade. Ninguém acredita em mais nada, todos estão cansados e sobrecarregados, porque justamente essa apatia, que é decorrência dos mandos e desmandos na educação, condicionam todos a acreditarem que nada mais irá mudar. Não podemos deixar isso acontecer. Sem existe esperança, pelos menos acredito assim. Do contrário, estaremos fadados mais uma vez a não sermos nada além de mão-de-obra barata e de fácil exploração. Não importa de onde tenhamos que cortar gastos, mas a educação, deve ser tratada como prioridade nacional número um. Temos tempo para fazer isso e devemos começar agora. A globalização e o sistema capitalista exigem isso. Dentro dessa concorrência maldita e desonesta do capitalismo, não temos muito para onde correr. As resistências são desprezadas e não são levadas à sério. Devemos repensar nosso país, tendo a figura do professor como uma das mais importantes nesse processo de mudanças. Ou mudamos ou fracassaremos mais uma vez. Salvem a educação.

ATENCIOSAMENTE
PROFº JOSÉ EDUARDO BRONDI
WWW.PROFESSORBRONDI.BLOGSPOT.COM.BR